Para ler NO Deserto

“Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.”(Josué 14:12)

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

UMA MESA NO DESERTO

UMA MESA NO DESERTO


Carlos Moreira

Quem me vê sorrindo, não conhece os meus dramas; quem me vê sonhando, não discerne as minhas limitações; quem me vê chorando, não entende os meus motivos; quem me vê sofrendo, não compreende as minhas razões.

Hoje estou me sentindo como Sansão, vencido pelos dilemas, soterrado por contradições. Estou girando em torno da roda de moinho da existência. Já dei várias voltas ao redor do mundo sem sequer sair do lugar. Sim, eu sei que há dias nublados, cinzentos, há dias de dor e solidão, “tempo de chorar e tempo de sorrir”...

Descobri, já faz algum tempo, que eu sou de osso, não de aço. Não faço parte desta geração que não sente dor, que não sente medo, que não fica doente, que não peca, que não se contradiz. Fui formado em uma “forma” diferente, sou o mais comum dos comuns, ainda permaneço como substância informe, meu interior é coberto de sombras e silêncios, sou ser por fazer-se, incompleto, inconstante, imperfeito.

Estou com fome de vida, preciso de um gole de esperança. Sinto dores por fora, calafrios por dentro. Talvez você não entenda o que é isso, pois provavelmente você foi feito numa outra “linha de produção”. Você é mais maduro, mais moderno. Eu não. Eu sou ser da terra, feito do barro, criado do pó. O Espírito Eterno soprou em minhas narinas e eu ganhei um pequeno fôlego de vida, coisa passageira, tênue. Logo, logo, eu sei, ele se extinguirá.

Já andei pelos lugares altos, e sei também o que é se arrastar com a cara no chão. Aprendi a viver mais com o não do que com o sim. De tanto apanhar da vida, acabei aprendendo a dar significados as minhas derrotas. Eu vivo de restos; aquilo que outros desprezam eu colho como frutos de misericórdia. Tenho semeado com lágrimas, por isso ainda espero um dia colher algo com um pouco de alegria... 

Há momentos em que eu me sinto como alguém que caminha pelo deserto, um beduíno, um andarilho sem destino. Eu não sei qual foi a porta que eu abri mas, quando dei por mim, já estava aqui. Curioso, também, é que eu não sei como sair; as portas daqui só possuem maçanetas pelo lado de fora! Aqui é todo canto e lugar nenhum...

Deus é a minha esperança, e isso é tudo o que a minha alma sabe. Enquanto o pó da existência se acumula nos meus pés cansados de tanto caminho, lembro-me das palavras do “pequeno príncipe” – não o de Exupery – e faço a minha prece: “prepares para mim uma mesa na presença dos meus adversários, uma mesa no deserto, e então derrame óleo sobre a minha cabeça para que o meu cálice transborde”.

Ensina-me, eu te peço, a viver com retidão, a não desprezar a correção, a meditar em tua palavra e a guardar puro o meu coração. Eu sei que se isso eu fizer, certamente “bondade e misericórdia me acompanharão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”.   


Quem puder entender, então que entenda... Quem não puder, apenas leia... Quem não ler, melhor fará...



Extraído de : GENIZAHVIRTUAL



terça-feira, 21 de junho de 2011

CUIDADO COM A SEDUÇÃO DA FACILIDADE

Cuidado com a sedução da facilidade
Pronto em apenas três minutos!

Alan Brizotti
É preciso ter cuidado com os atalhos. O caminho da espiritualidade é um caminho difícil. Toda a complexidade do existir e da experiência espiritual não pode ser simplificada, tatuada de superficialidade, arranjada com recursos técnicos, no caminho árduo da espiritualidade e maturidade não existem atalhos.

O cristianismo da atualidade vive de uma superficialidade dos que lidam com a Bíblia, o chamado analfabetismo bíblico, vive também de um aglomerado cada vez maior de pessoas prometendo soluções mágicas, num verdadeiro desastre da velocidade. O tempo hoje é a neurose da humanidade.Essa geração é fascinada pelos caminhos mais curtos. Poucos querem trilhar os caminhos árduos da obediência, dignidade, trabalho, honra, respeito, formação sólida de caráter. Não existe espiritualidade a controle remoto.

Na busca por facilidade, muitos correm ao encontro dos “especialistas” da fé. Homens que prometem "dez passos, sete dias, cinco ondas, guerras espirituais fantásticas e mirabolantes, retiros místicos". Pessoas que buscam satisfação imediata, deixam de ser cristãos e passam a ser consumidores impacientes e narcisistas. Gente que prefere o imediatismo fantasioso ao crescimento natural e maduro; relações superficiais ao invés de amizades verdadeiras. É o império do sintético.

Creio no poder de Deus, creio que podemos até fazer congressos, campanhas e retiros, só não podemos é criar atalhos para a vida e para a fé. Poucos querem enfrentar os desertos e vales da vida. Poucos querem ter paciência na tribulação ou suportar a dor e o sofrimento (II Co. 4.8-11). O escritor T. L. Cuyler, disse: “Algumas vezes Deus lava os olhos de seus filhos com lágrimas, para que eles possam ler corretamente sua providência e seus mandamentos”.

Muitos procuram por intimidade com Deus, porém, a falsa sensação de intimidade produzida pela facilidade, pode produzir também um falso sentimento de liberdade. Não existem atalhos para o amadurecimento. Uma das metáforas usadas por Jesus para falar de espiritualidade é a da semeadura e colheita (Lc. 8.4-15), que mostra perfeitamente a dura realidade da vida.

Carecemos de uma vivência que obedeça as Escrituras, que desenvolva a prática da oração sincera e honesta, que cresça numa íntima e verdadeira comunhão, o convívio amoroso com os irmãos, que restaure a relação pastoral madura e confiável. Somente assim, poderemos vencer os dramas da vida. Jesus nunca simplificou, Ele encarou a cruz e toda a sua crueldade, H. C. Trumbull, disse que “o Calvário mostra como os homens podem ir longe no pecado, e como Deus pode ir longe para salvá-los”.

É hora de resgatarmos a genuína espiritualidade.
Até mais...
Alan Brizotti

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MAIS UM BEBÊ ENCONTRADO NO LIXO

MAIS UM BEBÊ ENCONTRADO NO LIXO!

“Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão. Ele é sempre generoso e empresta com boa vontade; seus filhos serão abençoados. Desvie-se do mal e faça o bem; e você terá sempre onde morar. Pois o Senhor ama quem pratica a justiça, e não abandonará os seus fiéis. Para sempre serão protegidos, mas a descendência dos ímpios será eliminada;” (Salmos 37:25 a 28)

Dálton Curvello
 Na última semana, repetindo algo que infelizmente vem se tornando comum, outro bebê foi encontrado no lixo em Goiânia. Desta vez a genitora (me recuso a chamar de mãe aquela criatura) envolveu o bebê em duas sacolas, e literalmente jogou no lixo. A matéria você lê AQUI.

Fiquei indignado com o acontecimento, levando-me a pensar sobre a infinita Graça de DEUS, o cuidado dEle com aquela pequena criança, abandonada por quem deveria defender sua vida, cuidar dela. Lembrei que nos últimos meses tem sido freqüente notícias desse tipo. Mães jogando fora seus filhos recém-nascidos, bebês encontrados em situações que indicam claramente terem sido “jogados fora”, alguns até encontrados tarde demais.

 Será isso resultado de uso indiscriminado de drogas? Que sociedade é essa que estamos construindo, em que filhos matam os pais, e mães jogam fora seus bebês?
A Bíblia ensina que "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento.”(Provérbios 9:10). Só posso concluir que o que está faltando nas pessoas é temor de DEUS, é conhecer a Deus.

Muitas pessoas julgam que conhecer a Deus é ir num culto, uma vez por semana, emocionando-se com as músicas, às vezes até chorando com a mensagem, mas saem daquele local exatamente como entraram: vazias. Pergunte-lhes ao final do culto sobre o que foi a mensagem, e a maioria sequer saberá responder. Faça essa pergunta na terça-feira, no meio do expediente diário, e provavelmente a grande maioria sequer estará pensando em Deus.

Precisamos de pessoas que estejam dispostas a transformar o mundo. Chega de crentes-de-faz-de-conta. Posso garantir que a poucos metros do local em que essa criança quase foi assassinada pela própria mãe existe uma igreja (temos quase uma a cada esquina em Goiânia).

Uma igreja provavelmente lotada de pessoas buscando receber (é nisso que estão transformando os crentes dos dias de hoje), pseudo-crentes que exigem bênçãos de Deus, que colocam-no contra a parede, citando versículos quase como macumba, liderados por lobos, mais interessados em engordar suas contas bancárias do que em ensinar o verdadeiro evangelho de Cristo.

Chega de crentes-de-faz-de-conta! Deus está chamando aqueles que ainda são capazes de chorar com os que choram, aqueles que ainda vão aos cultos para cultuar ao Deus vivo! Para render-lhe o verdadeiro louvor, para se render aos seus pés, saindo da igreja não apenas emocionado, mas transformado, tocado, e com olhos abertos ao que acontece à sua volta.

Precisamos de Igrejas de verdade, que cumpram o “IDE” conforme descrito na Bíblia. Hoje as igrejas visam arrecadar fortunas para ir “às nações”, esquecendo-se por completo de sua Judéia (as imediações da igreja) e Samaria (estados vizinhos). Quando foi a última vez que sua igreja esteve presente na própria comunidade (bairro, cidade em que está instalada)? Quando foi a última vez que você olhou ao seu redor, percebendo aquela pessoa aflita, deprimida, carente, necessitada de uma palavra, um conselho, uma orientação Cristã?
PENSE NISTO
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