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“Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.”(Josué 14:12)

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sábado, 16 de abril de 2011

RASGUEI A MINHA BIOGRAFIA

RASGUEI MINHA BIOGRAFIA




Dálton Curvello

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.”(Mateus 5:11)
“Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que,naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. (1Pedro 3:14 a 16)

                Ontem eu estava meditando sobre as palavras de 1Pedro 3, e lembrei-me do que disse Jesus em Mateus 5, e decidi: Rasguei minha biografia.

                Você deve estar pensando: O que isso quer dizer afinal? Todos nós temos uma “biografia reservada”, algo como um livro ainda não publicado, mas que tratamos com todo zelo, e até orgulho. É a nossa história, é aquele sentimento interno que nos leva a questionar o que os outros pensam de nós, nos força a contrapor sempre que algo ou alguém fere essa “imagem ilibada” que construímos ao longo de tantos anos, não é?

                Em 1Pedro, a palavra de Deus nos orienta a viver uma vida na presença de Deus, sem se frustrar pelas provações que enfrentamos, sem se importar com aqueles que “falam mal de vós, como de malfeitores”, os quais, segundo a palavra de Deus, ficarão confundidos e ainda “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.(1Pedro 2:12)



                Resumindo: Pode rasgar sua biografia! A verdadeira biografia, a que realmente importa, como bem representado no vídeo que postei na mensagem de 28.09.2010à AQUI, tem apenas uma folha, em que está escrito: FILHO DE DEUS.

                Há pouco mais de um ano, eu mesmo fui vítima de calúnia por um falso pastor, lobo travestido de ovelha que, aproveitando-se de momento de doença e fragilidade física, espalhou todo tipo de inverdades, calúnias, difamando-me vergonhosamente com o povo de “sua igreja”(como ele mesmo gosta de falar, sua igreja, uma pequena empresa eclesiástica que, infelizmente eu mesmo o ajudei a implantar). Num primeiro momento, sobe aquele sentimento de revolta, e desejo de desmascarar o indivíduo, apresentando a verdade dos fatos, mas por amor aos irmãos, notadamente aos neófitos na fé, que desconhecem aquele cidadão sem sua máscara pastoral, decidi abster-me de confrontá-lo com a verdade, e deixar que Deus venha tratá-lo no momento adequado.

                Ao comparecermos diante do magnífico trono do Altíssimo, não serão nossas obras que vão nos justificar diante dEle, muito menos uma biografia perfeita como a que sempre tentamos construir (embora devamos efetivamente viver de maneira a construí-la, porém, não para que os outros a vejam, mas por que fomos transformados), naquele dia, só terá duas formas de se apresentar: Ou lavado pelo sangue de Cristo, ou não.

                Eu fico imaginando a cara que aquele tal falso pastor vai fazer, ao finalmente ser confrontado com suas mentiras, manipulações e jogo de interesses, ao estar diante de Deus e de Jesus Cristo e ter que mostrar tudo isso.

                E você, está preparado?

Mensagem postada originalmente em  13.10.2011, AQUI.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O DRAMA DA CRUZ - SALVAÇÃO POR UM FIO!


O drama da cruz: No jardim do Getsêmani nossa salvação estava por um fio -- mas o fio era de aço!

 

“Jesus teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que ele nunca cedeu a elas nem pecou” -- é o que diz a Bíblia (Hb 4.15, BV). Porém, nenhum de nós passou por uma tentação tão difícil como a que ele experimentou na madrugada de seu último dia de vida.

O momento da tentação
Aconteceu logo após o programa da reunião de despedida realizada no cenáculo de Jerusalém na noite de quinta para sexta-feira. Logo após o lava-pés, a celebração da Páscoa, a instituição da Santa Ceia, a exortação “não se perturbe o coração de vocês”, a promessa de outro Consolador, o discurso da Videira verdadeira, o adeus final, a oração intercessória e o cântico de um dos salmos.

O ambiente da tentação
Em certa altura do Monte das Oliveiras, a 830 metros de altura, fica o Jardim do Getsêmani, do outro lado do ribeiro Cedrom, lugar onde costumeiramente Jesus e seus discípulos oravam (Jo 18.2). Foi exatamente ali que aconteceu a última e mais feroz tentação de Cristo. O fato de ter sido num jardim lembra o jardim do Éden, onde se deu a primeira tentação da história humana, quando o pecado entrou no mundo. O detalhe de que o Getsêmani ficava do outro lado de Cedrom (Jo 18.1), lembra a experiência mais dramática de Jacó, quando ele lutou com Deus e venceu, do lado de cá do ribeiro Jaboque. Era um ambiente aberto e bucólico, numa madrugada de lua cheia.

As andanças de Jesus
Logo na entrada do jardim, Jesus deixa alguns discípulos no ponto “A” e leva outros três para o ponto “B”, um pouco mais na frente. Em seguida, sozinho, avança mais um pouco e chega ao ponto “C”. Depois, faz duas vezes o percurso de ida e volta entre o ponto “C” e o ponto “B”. Ele parece agitado. O que era muito razoável, já que, nos momentos seguintes, ele seria traído com um beijo, negado três vezes pelo próprio Pedro, condenado como réu de morte por um tribunal religioso, açoitado, espancado, ridicularizado (cruz de espinhos na cabeça e cetro de caniço na mão direita), entregue para ser morto pela justiça romana e pregado numa cruz. Se ele não estivesse disposto a beber o cálice, nada disso aconteceria.

Oscilações de humor
Ao chegar ao ponto “B”, na companhia de Pedro, Tiago e João, Jesus “começa a entristecer-se e a angustiar-se” (Mt 26.37). Antes, ele não estava nem triste nem angustiado, a ponto de afirmar aos seus discípulos, enquanto no cenáculo: “Tenho-lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.11). Com Ana, mulher de Elcana e mãe de Samuel, aconteceu o inverso: ela passou da tristeza para a alegria depois de ter orado no templo (1Sm 1.18).

Desabafo
Nunca ninguém fez o que Jesus faz na parada do meio (o ponto “B”). O Verbo feito carne, a imagem visível do Deus invisível, o enxugador de lágrimas alheias, o Todo-poderoso que acalma o mar e repreende o vento, o perdoador da mulher adúltera e da mulher pecadora, o médico dos médicos, o ressuscitador de mortos -- abriu seu coração com Pedro, Tiago e João e desabafou: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.38). O texto é mais dramático na NTLH: “A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar”.

Trinta metros adiante
Enquanto os três amigos não conseguem vencer o sono, Jesus, a sós no ponto “C”, encosta a parte mais alta do corpo no chão e ora ao seu Pai: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mt 26.39). O teor dessa oração, que seria repetida duas vezes, mostra qual é a tentação pela qual Jesus está passando. É uma tentação atroz: a vontade surpreendente de não beber o cálice transbordante da ira de Deus que iria atingir o ser humano por culpa do seu pecado, caso ele não o bebesse. Alguns dias antes, estando ainda em Cesareia de Filipe, ao norte da Galileia, ele havia sido tentado por Pedro a ter compaixão de si mesmo e evitar a cruz (Mt 16.21-23).

Oração submissa
Embora totalmente livre e soberano, Jesus autoriza: “Não seja feito o que quero [no presente momento da tentação], mas o que tu queres” (Mt 26.39, 42). Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Eu quero a tua vontade e não a minha” (BV). Jesus é coerente com o modelo de oração que ele havia ensinado: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra [no jardim do Getsêmani, aqui e agora] como no céu” (Mt 6.10). No início daquela semana, pouco depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus já estava afirmando sua submissão ao sacrifício: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora” (Jo 12.27).

Tentação absurda
Já que sacrifícios e holocaustos de animais não podem em absoluto remover pecados, Jesus, antes mesmo de sua encarnação, havia se oferecido para entregar seu próprio corpo como oferta definitiva pelo pecado: “Estou aqui, ó Deus, venho fazer a tua vontade” (Hb 10.7, NTLH). Agora, no Getsêmani, uma vontade contrária e circunstancial muito forte toma conta dele. Todo o esquema de salvação, na antiga e na nova aliança, fica dependurado por um fio. Tornam-se tremendamente incertas a justificação, a santificação e a glorificação do miserável pecador!

Totalmente impossível
É verdade que Jesus usou a condicional “se possível” na oração do Getsêmani. Mas não era possível, a bem do pecador, afastar de Jesus o cálice da salvação. Desde o Jardim do Éden, desde a queda, “não havendo derramamento de sangue, não há perdão de pecados” (Hb 9.22, NTLH). Nossa redenção não é por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue de Cristo, como um cordeiro sem mancha e sem defeito”, planejada antes da criação do mundo (1Pe 1.18-21). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7). Todo o processo depende de Jesus, dependia da cruz. Jesus não podia falhar -- e não falhou.

Gotas de sangue
O sofrimento é tão grande que o suor de Jesus fica vermelho, transforma-se em gotas de sangue cai no chão, onde está o seu rosto (em termos médicos, o que acontece é uma hematidrose). O sofrimento é tão grande que Jesus resolve orar mais intensamente (a oração é um recurso para ele e para nós, em qualquer drama). O sofrimento é tão grande que vem ao seu encontro um anjo do céu que o conforta e lhe dá bom ânimo, ajuda indispensável para quem precisa vencer uma batalha ou uma tentação. Trinta e poucos anos antes, uma multidão do exército celestial havia irrompido nos céus de Belém para comunicar e festejar o nascimento de Jesus (Lc 2.13-14).

Tentado, mas não vencido
De repente, a vontade espúria diminui e desaparece, e a vontade legítima volta a vingar e prevalece. A tempestade passa, a crise acaba, a tentação é vencida e o processo de salvação continua. Jesus levanta a cabeça, reúne os discípulos, entrega-se corajosamente aos seus algozes, caminha para a cruz, toma sobre si a iniquidade de todos nós, derrama sua alma na morte e realiza plenamente o seu projeto! O fio no qual a nossa salvação estava dependurada não se rompe. A expiação dos nossos pecados foi tão plenamente cumprida que o véu do templo, naquele mesmo dia, se rasgou por inteiro de alto a baixo! Aleluia!

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

CRISTÃO 1.0 - O MÍNIMO EM QUE É PRECISO ACREDITAR

CRISTÃO 1.0 – O MÍNIMO EM QUE É PRECISO ACREDITAR

Texto de Martin Thelien publicado originalmente em Rethink Church

Quando conheci Danny, ele me disse: “Pastor, você precisa saber que sou ateu. Não acredito na Bíblia. Não gosto de religião organizada e não suporto cristãos donos da razão e que julgam as pessoas”.

Eu gostei dele na hora!

Apesar do ateísmo confesso de Danny e de minhas crenças cristãs, nos tornamos bons amigos. Durante aquele ano, eu e Danny tivemos  inúmeras conversas sobre Deus, religião e fé. Durante esse tempo, Danny suavizou sua postura sobre o ateísmo. Um dia, depois de uma longa conversa, ele anunciou com um sorriso: “Decidi evoluir do ateísmo para o agnosticismo”.

Vários meses depois, Danny disse: “Tive uma revelação. Percebo que não rejeito o cristianismo. Na verdade, apenas rejeito o modo como cristãos intolerantes o apresentam”. Algumas semanas após aquela conversa, Danny disse: “Martin, você quase me convenceu sobre essa coisa de religião. Quero saber qual o mínimo que preciso acreditar para ser um cristão”.

Assim como Danny, muitas pessoas buscam uma expressão mais aberta da fé cristã. Isto é especialmente verdade para pessoas mais jovens. Por exemplo, em um recente episódio do seriado Glee, os alunos de uma escola de ensino médio explicaram porque se desinteressaram pela religião. A justificativa é que a igreja discrimina os homossexuais, as mulheres e a ciência.

Quando você analisa as atitudes arrogantes encontradas em muitas igrejas extremistas, é fácil ver porque as pessoas sentem aversão pela religião. Se as únicas opções de fé são o fundamentalismo ou nenhuma religião, muitos optarão por não ter uma religião.

“Qual o mínimo que preciso acreditar para ser um cristão?” Que ótima pergunta! Esse texto representa meu esforço para responder a essa questão da melhor maneira possível. A primeira parte apresenta 10 coisas que os cristãos não precisam acreditar. Em resumo, os cristãos não precisam acreditar em uma fé que tem a mente fechada.

Cristãos não precisam acreditar em:

1. Deus provoca câncer, acidentes de carro e outras catástrofes.
Embora Deus possa trazer (e traz) bons resultados mesmo das tragédias, Ele não provoca os eventos trágicos. Eles fazem parte da vida na Terra.

2. Bons cristãos nunca duvidam.
A dúvida não é inimiga da fé mas, sim, parte de um cristianismo autêntico.

3. Verdadeiros cristãos não podem acreditar na evolução.
Ciência e fé são completamente compatíveis. A evolução teísta é uma crença perfeitamente aceitável em muitas tradições cristãs.

4. Mulheres não podem pregar e devem se submeter aos homens.
Mulheres são iguais aos homens no casamento, na igreja e na sociedade. Jesus falou sobre isso e Paulo também.

5. Deus está preocupado em salvar almas, não em salvar árvores.
Deus se importa com a salvação pessoal, com a justiça social e com o meio-ambiente. A igreja cristã deveria fazer o mesmo.

6. Pessoas más serão “deixadas para trás” no arrebatamento
A teologia do arrebatamento e de pessoas deixadas para trás não faz parte de grande parte da história do Cristianismo. Esse frenesi é recente e, em geral, só é defendido por segmentos mais fundamentalistas.

7. Judeus não irão para o céu.
O destino final dos não-cristãos está na mão de Deus. Ele tem promessas para os judeus que certamente irão se cumprir.

8. Tudo que está na Bíblia deve ser interpretado literalmente.
Embora devamos sempre levar a Bíblia a sério, nem sempre devemos adotar algumas coisas literalmente. Existem muitas figuras de linguagem e símbolos. Ninguém conseguiria viver assim.

9. Deus ama os heterossexuais, mas não os homossexuais.
Todas as pessoas, incluindo as homossexuais, são bem-vindas na Igreja de Deus. O amor de Deus é incondicional. Entretanto, as igrejas locais divergem de opinião sobre este assunto. O pensamento da maioria das igrejas é que amar não é o mesmo que concordar.

10. É correto que os cristãos sejam sempre críticos e desagradáveis.
Verdadeiros cristãos deixam o julgamento para Deus.
Assim como Danny, muitas pessoas no século 21 estão famintas por uma expressão alternativa da fé cristã, diferente daquelas caricaturas que veem na maioria dos programas religiosos na TV.
Gostaria de oferece uma alternativa. Vamos começar a explorar um pouco mais a pergunta de Danny: “Qual o mínimo que preciso acreditar?”.
Existem coisas em que os cristãos realmente precisam acreditar. Eles devem acreditar em Jesus – sua vinda como homem, ensinamentos, exemplo, morte e ressurreição. Um grande benefício dessas crenças é que elas oferecem respostas para as mais profundas questões da vida, incluindo: Onde está Deus? O que mais importa? O que nos realiza? E o sofrimento? Existe esperança?

Precisamos crer na:

1. Identidade de Jesus (Quem é Jesus?).
Cada pessoa precisa lidar com a pergunta de Jesus aos discípulos: “Quem vocês dizem que eu sou?”. Cristãos acreditam que ele é “o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.

2. Prioridade de Jesus (O que mais importa?).
Relacionamento – com Deus e com os outros – importa mais que tudo.

3. A graça de Jesus (Sou aceito?).
Mesmo com nossos defeitos, Jesus nos ama e nos aceita como filhos amados de Deus.

4. A obra de Jesus (Onde está Deus?).
Embora Deus não esteja limitado em trabalhar através das pessoas, ele usa principalmente seus instrumentos humanos.

5. Exemplo de Jesus (O que traz realização?).
A verdadeira satisfação está em servir aos outros.

6. A morte de Jesus (E sobre o sofrimento?).
Embora Deus não impeça o sofrimento, o Deus crucificado entende bem o sofrimento humano e ajuda a nos libertarmos dele.

7. Ressurreição de Jesus (Há esperança?).
A ressurreição de Jesus Cristo nos dá esperança para a vida e também para a morte.

8. O legado de Jesus (A Igreja ainda é relevante?).
Apesar de suas falhas, a igreja ainda é um veículo de Deus para fazer a sua obra. Todo cristão precisa pertencer a uma igreja local.

9. A promessa de Jesus (Quem é o Espírito Santo?).
O Espírito Santo é uma pessoa. Se manifesta na presença poderosa de Deus em nossas vidas, na vida da Igreja e no mundo.

10. A visão de Jesus (Qual é o sonho de Deus para o mundo?).
O “Reino de Deus” é o sonho de Deus para o mundo, e somos chamados para ajudar a tornar esse sonho realidade, tanto em nossa vida pessoal quanto na sociedade.
Este texto é uma versão resumida de What’s the Least I Can Believe and Still Be a Christian?: A Guide to What Matters Most,de Martin Thielen.
Fonte da Postagem:  PAVABLOG
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

UNÇÃO OU DOM ?

A diferença entre o poder e a direção para sermos instrumentos de Deus.


Rubinho Pirola
O espírito do Senhor Deus está sobre nós, porque nos ungiu…

Há uma confusão instalada na nossa “santa” cultura evangélica, aquela sobre a distinção que há entre o que significa Dom e Unção.

Chamamos unção, toda dotação sobrenatural, sinalizada pela capacidade de realizarmos coisas fantásticas, tais como curar, evangelizar, pregar, geralmente causando emoção na platéia,… aquilo que chamamos também de… capacidade para realizar sinais e maravilhas. Um pregador com “unção”, é aquele que, por causar impacto sobre uma audiência, é aquele que deve ser um íntimo de Deus, que é dirigido por Ele e que tem uma vida impecável. Enfim, um super-homem.

Apesar de a Bíblia nos recomendar que vivamos uma vida cristã simples e cuja maior credencial seja o amor para com todos, parece mesmo que nos sentimos atraídos por essas coisas que se “sentem, vêm ou são manifestas exteriormente”.

Ser alguém cheio de “unção”, para muitos, é sinal inequívoco de estar-se “próximo de Deus”, de ter uma vida de acordo e conforme a vontade do Senhor. E por isso, há tanta decepção no nosso meio quando, vez por outra, alguma "estrela" nos decepciona.

Se olharmos atentamente para a Palavra de Deus, vamos verificar que "unção” tem a ver com a direção de Deus. Quando um ministro era ungido, esse ato, significava que esse estava debaixo de uma orientação divina e que, pela sua consagração, poderia ser ele um portador de bênçãos para o povo, conforme a unção – fosse para governar, para pastorear, etc… O problema com que não contamos na nossa “cultura evangélica”, é que a unção, podia e pode-se, como possibilidade terrível, ser perdida.

O Rei Saul, Salomão e tantos outros cujo exemplo encontramos na Bíblia, perderam a sua unção, quando decidiram seguir aos seus desígnios aos de Deus.

E o que foi que não perderam, quando desobedeceram e seguiram os seus apetites (animais, terrenos e demoníacos como descreve-nos Tiago)? O dom! Ou seja, tudo aquilo que não está em nós por natureza, que não depende de nós, nem é recompensa pelos nossos merecimentos. A salvação é um dom, a graça divina ídem (que é mais do que um benefício que nos isenta da morte – pena pelo pecado – mas que também nos educa, como diz Pedro, outro benefício da graça), a possibilidade de curar é dom, a manifestação do amor, apesar do nosso egoísmo e pecado ,sempre presentes em nós, é outro dom, a capacidade de sermos porta-vozes de Deus no compartilhar do evangelho, sendo que nos tornamos instrumentos Dele, ainda que imperfeitos, na salvação de pessoas é outro dom e muitos outros.

Mas há uma diferença entre uma coisa e outra – o Dom é irrevogável. Não se perde. Como não dependeu de nós o ganhar, mas em Deus no-lo atribuir, também não é dependente do objeto agraciado o perdê-lo. Em Romanos 11:29, lemos: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”

Então, o que Saul perdeu? O dom ou a unção? A unção.

Ele continuou com o que havia ganho de Deus – o governo de Israel e com ele, foi até a morte. Saul continuou rei, mas já não agia conforme a unção (a direção) de Deus, fazendo todo o tipo de besteiras, com coroa e tudo. E assim foi com Salomão, rei de Israel, filho de David (e como tal, contando com o favor com que Deus tratara o seu pai), mas casando-se com as mulheres pagãs e com elas, cometendo desatinos, sem a direção do Senhor.

O pior que pode acontecer a um cristão, não é perdemos o dom, posto que nos é impossível fazê-lo. O pior é estarmos cheios da munição de Deus, cheio dos dons, capacidades e possibilidades, sem contudo, sermos dirigidos por Ele.

Assim, é possível usarmos esses dons para enganar, para ludibriar e para usá-los em benefício próprio, sem que Deus esteja nisso. Como um cego, bêbado, ou uma criança, com uma metralhadora automática nas mãos, num estádio de futebol. Por isso, Paulo recomendava a Timóteo: “não imponhas as mãos precipitadamente sobre ninguém” (1 Tm 5:22), para que ele soubesse e estivesse firme sobre a maturidade de quem receberia dons - se tinha um coração para administrar o seu uso conforme Deus, se os usaria com temor e sabedoria...

Em Romanos 1 (21-24), Paulo afirma que, pela dureza do coração dos homens, “Deus os entrega às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem-se entre si”, esta sim, constitui-se na pior coisa que podia acontecer a um ser humano. O pior, não é Deus pesar a Sua mão, mas retirá-la, deixando-nos à mercê de nós próprios, do nosso coração corrupto e corruptível. É possível alguém estar cheio de dons de Deus e estar com a vida para lá de estragada, do ponto de vista moral, ético e espiritual.

Já pensou nisso? Entre o dom e a unção, busque a unção. Busque a direção de Deus em oração, em consagração, com jejuns e com tempo para Deus e com Ele.

O dom, vindo a você, vem com a "garantia de fábrica" que será bem utilizado – para edificar, para abençoar, e não para beneficiar os interesses de quem o possui. E ai, estaremos mais aparelhados para frutificarmos tudo aquilo para o que Deus nos chamou.

Extraído de: GENIZAHVIRTUAL
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domingo, 10 de abril de 2011

A HISTÓRIA DE JORGE

A história de Jorge

Dálton Curvello
Jorge havia chegado há alguns dias do norte, e visitava aquela igreja, por convite de seu sogro. Na primeira vez, teve dificuldades em achar a igreja, pois tinha um muro alto, e portão fechado. Achou estranho, mas ao final do culto, o pastor lhe explicou que era por motivo de segurança, assim os carros dos fiéis ficavam seguros no estacionamento privativo, e havia até um segurança na entrada do portão!
                Era uma igreja normal, dessas do tipo neo-pentecostais, com nome diferente. Algo que falava de sua vocação para as Nações, pensava Jorge, que aos poucos foi se ambientando naquele lugar e passou a ser membro.

                Como era recém chegado de outra região, Jorge estranhava muitas coisas naquela igreja, pois estava acostumado com a rotina de uma Assembléia de Deus, com cultos avivados, sempre muitos visitantes, conversões, discipulado, etc. O pastor explicou que o foco daquela igreja era o “relacionamento”, era a “família”. E assim Jorge foi se integrando naquela comunidade, ele e sua família.

                Após algum tempo, notou que seus dois filhos pequenos passaram a não querer mais ir naquela igreja, e sempre que se arrumavam para sair, imploravam para ir em outro lugar. Jorge em princípio tomou aquilo como uma “seta do inimigo”, orando por seus filhos e forçando-os a ir. Afinal, aquela igreja era tão bem equipada, com sala e culto especial para as crianças, com confraternizações sempre muito bem montadas e servidas por um bifê conceituado, ele nem entendia porquê muitos irmãos da igreja deixavam de ir em algumas daquelas ocasiões festivas.

                Mas a história do Jorge estava para mudar. Naquele culto de domingo, seu sogro (que já estava desconfiado que havia algo errado) saiu durante o culto para conferir as crianças. Para sua surpresa, se deparou com o neto do pastor da igreja praticandobullying  contra seu neto. Numa cena grotesca, esse avô ainda percebeu que o pai do menino (que por sinal nunca assistia aos cultos, mas permanecia pelos corredores em conversas com amigos) assistia a tudo sem nada fazer, pelo contrário, até achava graça em tudo. Num ato de revolta, ele segurou firme nos braços do garoto malvado, chamando-lhe a atenção e falando até alguns palavrões, indo socorrer seu neto, que depois daquele dia nunca mais voltou naquela igreja.

                Jorge, afinal teve que procurar outra congregação para freqüentar com sua família, passando a visitar uma Assembléia de Deus. Logo de cara já percebeu uma unção verdadeira, um ambiente de liberdade, igualdade entre as pessoas. Jorge pensava: Como não percebi antes? O que havia naquele lugar para me deixar tão cego? Agora ele estava num ambiente em que o centro não era o pastor, mas sim DEUS. Um ambiente em que o importante não era apenas fazer festinhas de confraternização patrocinadas pelo caixa da igreja, mas investir seriamente em ganhar almas para Cristo! Percebeu que o pastor ali não era um imperador absoluto, mas que prestava contas de tudo a um conselho de pastores, que compartilhavam o governo da congregação.

                Mas o que acabou marcando mais, chamando a atenção do Jorge, foi um detalhe: Esta nova igreja não tinha muros nem portão alto, muito menos segurança na porta. Havia sim, uma grande e colorida placa convidando todos para os cultos, o grupo de jovens estava constantemente visitando os moradores das proximidades, convidando-os para os cultos.

                Como é a igreja que você tem freqüentado? É daquelas que se esconde atrás de um muro bem alto, com portão fechado e segurança? Ou pratica o verdadeiro evangelho do Senhor Jesus, abolindo muros altos, expondo-se totalmente para a sociedade, cumprindo o “ide”tão propalado? Cuidado meu irmão, tem muito ambiente que é um mero clube de serviço se fazendo passar por igreja. Analise, compare. E lembre-se: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”(Atos 1:8) Jesus falou que deveríamos ser suas testemunhas, tanto em Jerusalém (sua localidade, comunidade, sua vizinhança) como em toda a Judéia (a próxima fronteira) e Samaria (Outro estado da federação), e até (Esse até indica que acontece na sequência, após os outros dois, concorda?) aos confins da terra. A história de Jorge é uma ficção, mas está muito próxima da realidade de muitas "igrejas"...

Nota: Há poucos dias reencontrei esse irmão, que distribuía folhetos evangelísticos junto com dezenas de outros irmãos daquela igreja. Seu semblante demonstrava que havia reencontrado a Igreja e a alegria de servir a Deus. E me refiro a Igreja, não aquela designada por placas ou cercadas por altos muros e até câmeras de segurança, mas sim a verdadeira Igreja do Senhor, a invisível e que é composta por irmãos de várias denominações... 
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