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“Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.”(Josué 14:12)

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

UNÇÃO OU DOM ?

A diferença entre o poder e a direção para sermos instrumentos de Deus.


Rubinho Pirola
O espírito do Senhor Deus está sobre nós, porque nos ungiu…

Há uma confusão instalada na nossa “santa” cultura evangélica, aquela sobre a distinção que há entre o que significa Dom e Unção.

Chamamos unção, toda dotação sobrenatural, sinalizada pela capacidade de realizarmos coisas fantásticas, tais como curar, evangelizar, pregar, geralmente causando emoção na platéia,… aquilo que chamamos também de… capacidade para realizar sinais e maravilhas. Um pregador com “unção”, é aquele que, por causar impacto sobre uma audiência, é aquele que deve ser um íntimo de Deus, que é dirigido por Ele e que tem uma vida impecável. Enfim, um super-homem.

Apesar de a Bíblia nos recomendar que vivamos uma vida cristã simples e cuja maior credencial seja o amor para com todos, parece mesmo que nos sentimos atraídos por essas coisas que se “sentem, vêm ou são manifestas exteriormente”.

Ser alguém cheio de “unção”, para muitos, é sinal inequívoco de estar-se “próximo de Deus”, de ter uma vida de acordo e conforme a vontade do Senhor. E por isso, há tanta decepção no nosso meio quando, vez por outra, alguma "estrela" nos decepciona.

Se olharmos atentamente para a Palavra de Deus, vamos verificar que "unção” tem a ver com a direção de Deus. Quando um ministro era ungido, esse ato, significava que esse estava debaixo de uma orientação divina e que, pela sua consagração, poderia ser ele um portador de bênçãos para o povo, conforme a unção – fosse para governar, para pastorear, etc… O problema com que não contamos na nossa “cultura evangélica”, é que a unção, podia e pode-se, como possibilidade terrível, ser perdida.

O Rei Saul, Salomão e tantos outros cujo exemplo encontramos na Bíblia, perderam a sua unção, quando decidiram seguir aos seus desígnios aos de Deus.

E o que foi que não perderam, quando desobedeceram e seguiram os seus apetites (animais, terrenos e demoníacos como descreve-nos Tiago)? O dom! Ou seja, tudo aquilo que não está em nós por natureza, que não depende de nós, nem é recompensa pelos nossos merecimentos. A salvação é um dom, a graça divina ídem (que é mais do que um benefício que nos isenta da morte – pena pelo pecado – mas que também nos educa, como diz Pedro, outro benefício da graça), a possibilidade de curar é dom, a manifestação do amor, apesar do nosso egoísmo e pecado ,sempre presentes em nós, é outro dom, a capacidade de sermos porta-vozes de Deus no compartilhar do evangelho, sendo que nos tornamos instrumentos Dele, ainda que imperfeitos, na salvação de pessoas é outro dom e muitos outros.

Mas há uma diferença entre uma coisa e outra – o Dom é irrevogável. Não se perde. Como não dependeu de nós o ganhar, mas em Deus no-lo atribuir, também não é dependente do objeto agraciado o perdê-lo. Em Romanos 11:29, lemos: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”

Então, o que Saul perdeu? O dom ou a unção? A unção.

Ele continuou com o que havia ganho de Deus – o governo de Israel e com ele, foi até a morte. Saul continuou rei, mas já não agia conforme a unção (a direção) de Deus, fazendo todo o tipo de besteiras, com coroa e tudo. E assim foi com Salomão, rei de Israel, filho de David (e como tal, contando com o favor com que Deus tratara o seu pai), mas casando-se com as mulheres pagãs e com elas, cometendo desatinos, sem a direção do Senhor.

O pior que pode acontecer a um cristão, não é perdemos o dom, posto que nos é impossível fazê-lo. O pior é estarmos cheios da munição de Deus, cheio dos dons, capacidades e possibilidades, sem contudo, sermos dirigidos por Ele.

Assim, é possível usarmos esses dons para enganar, para ludibriar e para usá-los em benefício próprio, sem que Deus esteja nisso. Como um cego, bêbado, ou uma criança, com uma metralhadora automática nas mãos, num estádio de futebol. Por isso, Paulo recomendava a Timóteo: “não imponhas as mãos precipitadamente sobre ninguém” (1 Tm 5:22), para que ele soubesse e estivesse firme sobre a maturidade de quem receberia dons - se tinha um coração para administrar o seu uso conforme Deus, se os usaria com temor e sabedoria...

Em Romanos 1 (21-24), Paulo afirma que, pela dureza do coração dos homens, “Deus os entrega às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem-se entre si”, esta sim, constitui-se na pior coisa que podia acontecer a um ser humano. O pior, não é Deus pesar a Sua mão, mas retirá-la, deixando-nos à mercê de nós próprios, do nosso coração corrupto e corruptível. É possível alguém estar cheio de dons de Deus e estar com a vida para lá de estragada, do ponto de vista moral, ético e espiritual.

Já pensou nisso? Entre o dom e a unção, busque a unção. Busque a direção de Deus em oração, em consagração, com jejuns e com tempo para Deus e com Ele.

O dom, vindo a você, vem com a "garantia de fábrica" que será bem utilizado – para edificar, para abençoar, e não para beneficiar os interesses de quem o possui. E ai, estaremos mais aparelhados para frutificarmos tudo aquilo para o que Deus nos chamou.

Extraído de: GENIZAHVIRTUAL
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