Para ler NO Deserto

“Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.”(Josué 14:12)

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SEM DEUS?

SEM DEUS?

“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Romanos 3:10 a 18)

Acabamos de ler como é a vida sem Deus: não há esperança, não há amor, não há saída. Se você já é um seguidor de Jesus Cristo, alguma vez parou para pensar como seria sua vida sem Deus? O que mudou depois que você passou a ter um relacionamento com ele? Muitas vezes, depois de algum tempo de vida cristã ou quando passamos por momentos difíceis, perdemos aquela empolgação no nosso relacionamento com Deus. Nessa situação, quando nos falta ânimo de viver o cristianismo integral e nos esquecemos que Deus está conosco, precisamos relembrar:

     1) Aquilo que o Senhor já fez e está fazendo por nós;

    2) Que Deus transforma toda e qualquer situação ou pessoa, quando realmente colocamos o problema 
        diante dEle;

    3) Que Deus está sempre perto para nos ajudar e prometeu que jamais nos deixará. Deus não nos
        abandona – o contrário é que pode acontecer. É fácil culpar a Deus quando as coisas não vão bem,
        mas na realidade a pergunta deveria ser: “O que eu fiz, ou não fiz, para chegar a esse ponto?”

Deus nos ama. Ele nos deu a vida eterna e participa do nosso dia a dia quando permitimos que ele seja nosso Senhor. Ele está sempre conosco; é o nosso socorro bem presente em todos os momentos, bons ou ruins. Também nos disciplina quando necessário e nos chama de volta à obediência. Deus faz e quer fazer grandes coisas em nós e por meio de nós.
Então, tema ao Senhor e comprometa-se integralmente com ele! Se você já tem um relacionamento com Deus, fortaleça-o; se você deixou Deus de lado, volte para Ele! Mas se você nunca experimentou o que é viver com Deus, consagre agora mesmo a sua vida a ele e experimente como é bom viver ao seu lado.
Hans Kellert, Curitiba-PR

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DO QUÊ VOCÊ PRECISA?


DO QUÊ VOCÊ PRECISA?

“Então, parando Jesus,
chamou-os e perguntou:
Que quereis que Eu vos faça?
Responderam:
Senhor, que se nos abram os olhos”
Mateus 20.32-33 Almeida Revista e Atualizada
  
Você já notou que geralmente nossos pedidos ficam na esfera do supérfluo? Normalmente a expectativa se limita ao “eu” somente! Qual seria o verdadeiro propósito dos corações daqueles cegos? Eles não pediram um carro, ou um bom salário, ou uma viagem para o exterior! Era a necessidade mais emergente, na opinião deles? Para você, qual é a sua necessidade imediata?

Bem, o cego pediu algo para si somente e ele não pensou no bem comum. Ele não pediu para curar somente o seu companheiro, mas parece que cada um estava interessado apenas em seu próprio estado. Parece ser meio egoísta não é mesmo? Eu e você talvez pediríamos a mesma coisa se estivéssemos na mesma condição, mas será somente esse o exemplo que devemos colher dessa passagem bíblica? Certamente que não!

A mais de 400 anos atrás, certo homem estava muito triste com a condição de seu povo. O rei, vendo o estado emocional do servo, questionou o que ele desejaria que o rei lhe concedesse. E aqui está a grande lição para nós! Está escrito na Bíblia que aquele homem primeiramente “orou ao Senhor” para saber o que deveria pedir. Percebe?

Muitas vezes nos precipitamos em nossos pedidos e acabamos não recebendo o que seria melhor para nossas vidas. Não reconhecemos a nossa verdadeira cegueira e insistimos em pedidos que não nos convém. Não é errado ter sonhos e expectativas materiais, mas como aqueles cegos, devemos nos ater às necessidades primárias.

Mas espere um instante, aqueles homens não deveriam tem pedido a Jesus algo que Deus estivesse envolvido? Eles nem oraram para saber o que realmente precisavam! Talvez você pense dessa forma! O que você talvez não percebeu foi que a primeira necessidade já estava suprida! A cegueira física era no mínimo a segunda necessidade.

Pense nisto

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

FAÇA ALGO EXTRAORDINÁRIO

Faça algo extraordinário

“...Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve." (Malaquias 3.13-18)

Você quer que algo extraordinário aconteça na sua vida? A palavra extraordinário significa algo fora do comum, algo impactante, alguma coisa diferente do trivial.

No casamento por exemplo, é importante que a esposa faça algo extraordinário para o marido. Talvez um arranjo floral para a mesa, uma decoração diferente no quarto, uma roupa especial um enfeite no cabelo. 

Da mesma forma o marido, deve fazer algo admirável – um jantar à luz de velas, uma viagem surpresa, dar um dinheiro, comprar um presente. 

O que acontece quando alguém faz algo extraordinário pra você? O normal é que você retribua. 

Fazer coisas imprevisíveis, fora de datas especiais é impactante. O extraordinário, não se espera, quando fazemos algo diferente, obtemos coisas diferentes também.

Todos os homens que agiram extraordinariamente na Bíblia, também receberam ações extraordinárias. Quem age acima da média, tem retribuição acima da média. 

Veja com Abraão, a história dele é contada e respeitada, por mulçumanos, católicos, evangélicos, judeus. Por quê? Porque Deus disse a ele que saísse da sua terra e parentela e Abraão obedeceu, indo para uma terra desconhecida, deixando para trás, sua casa, bens e família. 

A história de Daniel encontra-se registrada na Palavra de Deus por sua fidelidade ao Senhor, mesmo diante da ameaça de ser jogado na cova dos leões. Ele preferia morrer a se curvar perante qualquer deus ou autoridade e por agir extraordinariamente, Deus fez com que a boca dos leões fosse fechada, quando este foi lançado na cova dos leões. 
Hoje vemos canções, livros, crianças que se chamam Daniel, pela atitude desse homem. Ele fez algo que não era comum, no meio da podridão manteve-se intocável.

Veja o caso de José – Ele foi traído, humilhado, vendido, preso, feito escravo, mentiram contra ele, foi injustiçado e mesmo assim não blasfemou, tão pouco tocou na esposa de Potifar. Ele poderia conciliar duas vidas, sendo servo na frente do comandante, e amante na ausência dele, mas a Bíblia diz que quando a mulher de Potifar tentava seduzi-lo, ele não cedeu à tentação por que tinha temor de Deus. José preferiu sofrer a pena a pecar. Ele fez algo extraordinário, não se entregando e manteve-se limpo.

Talvez você esteja para perder seu emprego, ou o seu patrão esteja te assediando e você esteja quase cedendo, não desanime. Faça algo extrarodinário, resista às ciladas do diabo.

A sua atitude extraordinária, irá fazer Deus tratar você de forma especial. Fui criador de pombos, tinha aproximadamente 2.000 aves. Nunca matei um sequer. Não tinha um sábado que um laboratório, não fazia ofertas para que eu os vendesse. Eu não vendia, não dava, nem emprestava. Usava sapatos velhos, mas comprava a comida deles. 

Deus estava me testando, Ele enxerga lá na frente e sabia que eu seria um pastor. Lembrei da minha história com os pombos, quando fui ordenado. Deus usou a vida do Pastor Altair Monteiro e de outra pessoa dizendo:“Vi que você nunca esfolou os pombos que Eu te confiei.”

Se no seu local de trabalho, todo mundo mente, faz coisas erradas, seja diferente. Talvez você esteja solteira (o), e todos incentivam você a pegar o primeiro (a) que aparece, não ceda.

Veja a postura de Zaqueu – Jesus passava, curando os enfermos e aquele homem baixinho, tentava ver Jesus, como não conseguia, o maioral dos publicanos sobe numa árvore para ver o Mestre passar. Zaqueu fez algo extraordinário. 

Diante disso, Jesus ofereceu-se para ir à sua casa e transformou a história daquele homem pecador. 

O Cego de Jericó, também agiu de maneira especial, Ele gritava:“Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim.”Ao escutar seu clamor as pessoas queriam que ele parasse de gritar, mas ele continuava. 

Noé foi um homem fora do comum. Diante da ordem aparentemente impossível de ser cumprida, não discutiu com o Senhor e construiu uma arca, colocando milhares de animais de diferentes raças dentro dela. Por sua atitude extraordinária, Deus o salvou e também a sua família do dilúvio. Entenda: Se você quer algo extraordinário, faça algo extraordinário.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

TEÍSMO ABERTO OU HERESIA VELADA?


Alguma vez você já se perguntou se foi você mesmo quem tomou aquela importante decisão de receber a Cristo em sua vida ou se foi Deus quem a tomou por você? Já chegou a questionar se realmente tem “liberdade” de escolha para decidir por si mesmo ou se Deus já determinou todas as coisas a seu respeito? Se a sua resposta for afirmativa, é sinal de que você já experimentou a tensão que deu origem ao Teísmo Aberto – uma perspectiva teológica relativamente nova que amplia o alcance do livre-arbítrio humano e alega que Deus não conhece o futuro.
Concebido em 1980 (com a publicação do livro de Richard Rice, intitulado The Openness of God [A Abertura de Deus]) o Teísmo Aberto surgiu no cenário teológico evangélico nos idos de 1990, chegando ao centro desse palco no ano de 1994 com a publicação do livro The Openness of God: A Biblical Challenge to the Traditional Understanding of God [A Abertura de Deus: Um Desafio Bíblico à Concepção Tradicional de Deus].[1]

Clark Pinnock, um dos autores dessa última obra referida, adere ao Teísmo Aberto “porque [Deus] concede liberdade às Suas criaturas, alegra-se em aceitar o futuro como uma realidade aberta, não fechada, e em manter um relacionamento dinâmico com o mundo, não estático”.[2]
Entretanto, será que tal “abertura” é bíblica?

O contexto histórico

Há centenas de anos as pessoas lutam com dois ensinos da Bíblia aparentemente incompatíveis entre si: a determinação global e onisciente [por parte de Deus] de tudo o que acontece em Sua criação (denominada “providência” ou “presciência”) e a liberdade e responsabilidade humanas de escolher seu próprio caminho (chamada de “livre-arbítrio”). Essa antinomia bíblica apresenta a soberania divina e a responsabilidade humana numa situação de convivência mútua. Entretanto, o raciocínio humano procura solucionar a situação com a exclusão de uma delas.

As Escrituras Sagradas descrevem Deus como Criador absolutamente soberano e onisciente“que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade [...] para louvor da sua glória” (Ef 1.11-12) e para o próprio bem dEle e de Suas criaturas. Aqueles que dão ênfase a esses elementos, normalmente identificam-se com o reformador protestante francês João Calvino (1509-1564).

João Calvino (1509-1564).

Contudo, as Escrituras também descrevem a responsabilidade humana: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Conseqüentemente, outros crêem que a visão determinista do Criador e de Seu cosmos diminui a responsabilidade do ser humano e a importância da glória de Deus. Tais pessoas têm uma inclinação para o que entendem ser uma posição mais justa, que enfatiza a natureza autônoma das escolhas humanas. Elas se identificam com o teólogo holandês Jacobus Arminius (1560-1609).

O Teísmo Aberto é uma tentativa recente de se encontrar um meio-termo aceitável.

Os argumentos

Clark Pinnock alega que o Teísmo Aberto é necessário para que as criaturas de Deus sejam expressivamente agentes pessoais livres. Essa abertura significa que Deus não determina, aliás, Ele nem mesmo sabe um resultado ou desdobramento futuro até que os agentes pessoais livres façam suas escolhas. Ao advogar tal abertura como a melhor solução para a tensão da soberania divina versus a responsabilidade humana, Gregory Boyd considera “a abertura de Deus quanto ao futuro como um dos seus atributos de grandeza”, porque, “um Deus que [...] tem a disposição de se comprometer com um determinado elemento de risco é mais sublime do que um Deus que contempla um futuro eternamente estabelecido”.[3]

Boyd insiste na idéia de que a abertura não diminui a presciência de Deus; pelo contrário, uma vez que as ações futuras dos agentes pessoais livres ainda não aconteceram, não existe nada nesse domínio que Deus tenha de saber.[4]

Entretanto, o Teísmo Aberto se apresenta como uma séria ameaça à concepção bíblica de Deus, o Deus que conhece todas as coisas – reais e possíveis – sem nenhum esforço e igualmente bem. O assunto dessa controvérsia, em vez de ser periférico e incidental, é, de fato, fundamental e danoso para a teologia evangélica.

Bruce Ware, um opositor do Teísmo Aberto, escreveu:

Nossa concepção da providência de Deus exercerá obrigatoriamente uma influência sobre o cotidiano da vida e prática cristã de inúmeras maneiras [...] cometer um erro aqui, é criar milhares de problemas, tanto teológicos quanto práticos.[5]

O Teísmo Clássico (posição na qual cremos) ensina que a onisciência soberana de Deus, de onde se origina Sua presciência, prepondera sobre a liberdade humana; essa natureza de Deus não pode ser menosprezada por uma ênfase exagerada na responsabilidade do ser humano. O fato de que a perspectiva tradicional de Deus, por vezes, é mal expressada ou ridiculariza Deus como “um monarca altivo alheio às contingências do mundo, imutável em todos os aspectos do seu ser [...] um poder irresistível que determina tudo, ciente de tudo o que vai acontecer e que nunca corre riscos”,[6] não quer dizer que o evangelicalismo clássico ignore as tensões geradas pela revelação bíblica.

O Teísmo Aberto não soluciona esse problema da antinomia bíblica. Ele simplesmente remete a discussão para um outro ponto do espectro. A questão agora, passa a ser a seguinte: o que constitui uma livre ação futura em contraste com uma futura ação que não seja livre (i.e., determinada)?

De acordo com o teísta aberto William Hasker, “um agente é livre no que se refere a uma certa ação em dado momento, se naquele momento estiver no poder do agente a capacidade de realizar tal ação e também a capacidade de abster-se dela”.[7]

Entretanto, os teístas abertos adotam um conceito de liberdade humana inadequado que chega a ser quase libertário. John Frame, em seu livro No Other God [Não há Outro Deus], explica:
Os defensores do livre-arbítrio [i.e., os libertários] afirmam que só podemos ser considerados responsáveis por nossas ações se tivermos esse tipo de liberdade radical. O princípio no qual se baseiam é bastante simples: se nossas decisões são induzidas por qualquer coisa ou qualquer pessoa (inclusive nossos próprios desejos), não se pode dizer que são decisões genuinamente nossas e, portanto, não podemos ser considerados responsáveis por elas.[8]

Na realidade, somente Deus é verdadeiramente livre. A liberdade humana é relativa. Em última análise, o relacionamento da soberania e presciência divinas com a liberdade e responsabilidade humanas está muito além do alcance da compreensão das criaturas (humanas e angelicais). Uma vez que a liberdade das criaturas é obviamente limitada (por exemplo, pela força da gravidade), é mais correto admitir a existência dessa antinomia, exaltar o caráter de Deus e permitir que a autonomia humana seja reduzida até enquadrar-se na responsabilidade biblicamente ordenada.

Os perigos

1. O Teísmo Aberto menospreza a glória divina


Na realidade, somente Deus é verdadeiramente livre. A liberdade humana é relativa. Em última análise, o relacionamento da soberania e presciência divinas com a liberdade e responsabilidade humanas está muito além do alcance da compreensão das criaturas (humanas e angelicais).
O Teísmo Aberto dá crédito à criatividade e à desenvoltura de Deus quando Ele consegue “instigar” os agentes morais livres a agirem de conformidade com os planos e caminhos dEle.

Ao perguntar-se acerca do que acontece “quando o índice de sucesso de Deus diminui”, Ware menciona que os teístas abertos reconhecem que “a liberdade possibilita que males horríveis e despropositais venham a acontecer. Embora Deus tente evitar tal sofrimento horrível, dizem eles, há muitas ocasiões em que Ele, simplesmente, não consegue evitá-lo”. Nesse caso, Deus tem que assumir a responsabilidade pelo fracasso de Seus planos.

Em lugar de um Deus temível que controla e dirige tudo o que acontece sem o mínimo esforço, temos que abrir espaço para um Deus que trabalha fazendo horas extras para se manter à frente de todas as livres decisões morais, previamente desconhecidas e inexistentes, tomadas a cada instante de cada dia.

2. O Teísmo Aberto menospreza a esperança humana

A partir de tal perspectiva, o nosso precioso versículo bíblico de Romanos 8.28, deve ser lido da seguinte maneira: “a maioria das coisas coopera para o bem, desde que Deus consiga instigar as pessoas ao meu redor”, em vez de “sabemos que todas as coisas cooperam [i.e. que Deus leva todas as coisas a cooperarem] para o bem daqueles que amam a Deus”.
Não teremos mais condição de dizer, como declarou José a seus irmãos: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como vedes agora, que se conserve muita gente em vida” (Gn 50.20).

Se Deus consegue apenas resultados parciais na concretização de Seus propósitos, como afirmam os teístas abertos, então Ele talvez não seja bem sucedido no cumprimento de Seus propósitos para a minha vida. Porém, o apóstolo Paulo afirmou exatamente o contrário:“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).

Se Deus consegue apenas resultados parciais na concretização de Seus propósitos, como afirmam os teístas abertos, então Ele talvez não seja bem sucedido no cumprimento de Seus propósitos para a minha vida.
Ao invés de ter um Deus que não conhece aquilo que ainda está por acontecer, é confortador, e até mesmo um tanto assombroso, saber que “...não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.13).

3. O Teísmo Aberto menospreza a confiabilidade profética

Lá se foi o amor pela Palavra de Deus e por Suas promessas referentes ao futuro, as quais amamos ler e considerar. Um crítico do Teísmo Aberto disse: “imagine só o compositor do hino tentando animar os desvalidos com estas palavras: “Não sei o que de mal ou bem é destinado a mim [...] mas eu sei em quem tenho crido, o qual também não conhece o meu futuro”.

4. O Teísmo Aberto menospreza o futuro de Israel

Após rebelar-se por repetidas vezes e frustrar o plano de Deus para ela, será que a nação de Israel ainda poderia ter um restinho de esperança de que Deus cumprirá as promessas que lhe fez? Ter-se-ia que reconhecer o fracasso de Deus em Sua criatividade e poder de persuasão no passado e perder as esperanças na competência de Deus quanto ao futuro.

A conclusão inevitável a que tal pensamento leva é que a posse da Terra de Israel é uma questão de quem se apoderar dela, visto que Deus não conhece o futuro, nem predeterminou o resultado final.

Será que a nação de Israel ainda poderia ter um restinho de esperança de que Deus cumprirá as promessas que lhe fez?

Por outro lado, Paulo declara que a atual condição de Israel faz parte de um inescrutável plano de Deus para a Sua própria glória: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia [...] Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz” (Rm 9.16,18).

O Teísmo Aberto é uma tentativa de modelar uma forma mais conveniente de liberdade humana, à custa da concepção de Deus ensinada no Teísmo Clássico. Todavia, em seu desdobramento final, menospreza a glória de Deus para exaltar a liberdade do homem. É um esforço de produzir a conclusão final acerca de uma antinomia bíblica que está muito além da compreensão das criaturas. E, nesse intento, o Teísmo Aberto prejudica a confiança do crente tanto na providência benigna de Deus, quanto em Sua Palavra profética. (Richard Emmons - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Ware, Bruce A. God’s Lesser Glory: The diminished God of Open Theism. Wheaton, IL: Crossway Books, 2000, p. 31.
  2. Pinnock, Clark. “Systematic Theology” publicado na obra The Openness of God: A Biblical Challenge to the Traditional Understanding of God, da autoria de Clark Pinnock, Richard Rice, John Sanders, William Hasker e David Basinger. Downers Grove, IL: InterVarsity, 1994, p. 103-4.
  3. Boyd, Gregory A. God of the Possible, Grand Rapids, MI: Baker Books, 2000, p. 14-5.
  4. Ibid., p. 16-7.
  5. Ware, p. 13.
  6. Pinnock, p. 103.
  7. Hasker, William. “A Philosophical Perspective”, publicado na obra The Openness of God, p. 136-7.
  8. Frame, John M. No Other God: A Response to Open Theism, Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2001, p. 121.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, julho de 2006.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A queda de um ditador

A QUEDA DE UM DITADOR

Dálton Curvello
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fósseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.”(João  8:36 a 44)
                Neste final de semana os noticiários do mundo todo informavam: Caiu o ditador Hosni Mubarak, após tantos dias de protesto e a morte de centenas de Egípcios que, descontentes com trinta anos de domínio exigiam sua liberdade. Agora os jornais nos informam que esse ditador, agora afastado, enriqueceu-se exorbitantemente, à custa da exploração do povo egípcio, praticando um sistema de corrupção instituída.
                Ao assistir as manifestações, parei um pouco para recordar os fatos dos últimos trinta anos, em que praticamente nunca se ouviu falar de descontentamento no Egito. Curiosamente, essa mesma revolução segue sua conta libertadora, movida principalmente através da internet e que ainda resultará na queda de outros ditadores...
                Mas que eu quero chamar a atenção para um fenômeno semelhante, que invade os redutos new-gospel tupiniquins. Nos últimos anos, temos visto algo semelhante nos redutos evangélicos da ala Neo-pentecostal, em que ditadores (pastores, bispos, apóstolos, o nome varia, mas o cargo é o mesmo...) dominam com mão de ferro uma multidão de habitantes (fiéis, seguidores, membros), garantindo seu enriquecimento e escorados num sistema humano e corrupto. Porém, nos últimos meses, começa a se esboçar uma mudança neste cenário, em que creio eu, movidos pela mão de Deus, muitos têm se levantado para desmascarar, alertar esse povo cativo, chamá-los à liberdade.
                E não precisamos ir muito longe para ver algo assim. Aqui mesmo em Goiânia, eu presenciei o nascimento de um desses imperadores, cujo domínio eclesiástico a esta altura, tal qual Mubarak já começa a dar sinais de que  não engana mais toda a multidão, e em breve Deus o removerá. É lógico que no início desse processo há discussão entre o povo que o segue. Como no Egito, onde mesmo oprimidos e explorados, havia uma multidão de fiéis e cegos seguidores de Mubarak, dispostos a enfrentar os “infiéis rebeldes”, nesses redutos também ocorrem disputas, pessoas dispostas a defender seu iluminado líder apóstata.
                Meu conselho a esses ditadores, pseudo-pastores que transformam a Casa de Deus em sua empresa particular, utilizando-a como cabide de emprego para nora e filho, enriquecendo-se descaradamente sob o manto de “sustentar missionários no exterior”, ou coisa parecida, é que sigam o exemplo de Mubarak, pois Deus não vai permitir que essa situação se perpetue, e o povo já dá sinais de que anseia por liberdade.
                A VERDADEIRA liberdade, aquela à qual Jesus se refere quando nos diz “verdadeiramente sereis livres”.
                E você, caro leitor, é verdadeiramente LIVRE, ou sua espiritualidade é dominada por um desses ditadores gospel tupiniquins, que te incutem inúmeras superstições e medos, colocando-se como o “guru” da vez, o “ungido” infalível e com poderes sobrenaturais, mas que na realidade visa apenas e tão somente sua carteira?
                
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