Para ler NO Deserto

“Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.”(Josué 14:12)

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A vontade Deus e os desejos não realizados


Para aqueles que, assim como eu, buscam crescer cada dia mais no conhecimento de Deus, que contrariando a onda do momento preferem o Evangelho da Vida Real, aquele que declara que sua única regra de fé e prática é a Bíblia, não podem deixar de ler o livro:  Nem Monge, Nem Executivo - Jesus: um modelo de espiritualidade invertida. Apresento abaixo um capítulo desse excelente livro, bem como o vídeo de divulgação. Ambos extraídos do site da revista ULTIMATO.
Dálton Curvello


A vontade Deus e os desejos não realizados


“A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”


Essa afirmação — uma das poucas janelas que temos para a vida emocional de Jesus — é feita quando os discípulos voltam da cidade trazendo alimentos. Jesus, que parece estar sob o impacto da conversa com a mulher samaritana, responde: “Uma comida para comer tenho eu, vocês não a conhecem” (Jo 4.32). Um contraste entre o que motivava os discípulos na vida e o que motivava Jesus.

É significativo que não passa pela mente dos discípulos que Jesus poderia ter feito um milagre para se alimentar. Pensam logo na hipótese de alguém ter trazido comida para ele (v. 33). Foi falta de fé por parte deles? Não. Eles sabiam que os milagres não eram feitos a qualquer hora, por um capricho. Não eram usados para satisfazer fins pessoais (a tentação de transformar pedras em pães). Se Jesus não usava seus poderes divinos para satisfazer a si mesmo, por que esperamos que ele o faça para satisfazer a nós? Jesus tinha desejos não-realizados (como a fome, nesse caso); porém, ele dizia: “Não; o propósito da minha vida não é simplesmente satisfazer os meus desejos”.

Podemos ir mais além, pois às vezes os desejos se reintroduzem sutilmente, sob a desculpa de que estamos servindo a Deus. Entretanto, Jesus, com a missão mais importante que alguém já teve, não exigiu perfeitas condições de trabalho, comida sempre na hora, colaboradores competentes, momentos de paz. Ele tolerou o cansaço, a sede, a fome, a incompetência, a incompreensão, a oposição. E tudo isso quando poderia ter usado os recursos de sua sociedade missionária celestial para remediar a situação.

Só há uma exceção a esse padrão: o curioso incidente de Mateus 17.24-27, quando Jesus aparentemente faz um milagre para pagar o imposto do templo. O incidente indica uma atitude de desprezo diante da ganância dos dirigentes da religião oficial. A “necessidade” de sustentar a elite político-religiosa não se iguala à necessidade de comer depois de uma longa caminhada.

Jesus tinha singeleza de propósito — fazer a vontade de Deus. Na cruz, pôde dizer: “Está consumado” (Jo 19.30). O que significa o fato de que a “comida” dele era fazer a vontade de Deus? Significa que ele se alimentava disso, que era a condição básica de sua sobrevivência. Se não o fizesse, definharia como quem não come. Oportunidades de servir, mesmo em momentos de cansaço e fome, eram o que lhe dava forças.

Não vivo tal versículo. Fazer a vontade de Deus só é básico para mim em certos momentos; em outros, não. Porém, para Jesus, era o tempo todo. Assim como ganhar dinheiro o é para certas pessoas — nunca perdem uma oportunidade. Ou como aproveitar a chance de uma conquista sexual. Ou como nunca deixar passar a chance de espalhar uma fofoca. Que morte: “Minha comida consiste em fazer a vontade de outra pessoa!” Isso é bem diferente de incorporar o reino de Deus como mais um interesse na vida. Exige um “jejum” de nossos próprios projetos, para que a fome do projeto de Deus apareça.

Jesus é capaz disso, porque vê a Deus como “aquele que me enviou”. Será que, quando alguém pergunta: “Quem é Deus para você?”, penso logo em responder: “É quem me enviou”? Minha relação com ele é de enviador e enviado?

Outro texto em que Jesus revela algo de sua vida interior é Lucas 12.49-50: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder. Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize!”.

Como é que Jesus, uma pessoa equilibrada e sempre disponível, poderia se angustiar? O equilíbrio cristão, porém, não é o ideal budista de impassibilidade. Não depende de “estar de bem com a vida”. Um forte senso de missão e de necessidade pode coexistir com a calma e com a disponibilidade.

“A vontade daquele que me enviou” nem sempre é algo agradável. Imaginemos Jesus dizendo essa frase no jardim do Getsêmani! A sua “comida”, naquela circunstância, devia parecer envenenada.

Será que Jesus era um “viciado em trabalho”? Não. Para ele, o trabalho não era um fim em si mesmo, mas um meio de fazer a vontade do Pai. Jesus não disse: “Minha comida consiste em me realizar por meio do trabalho”. Não tinha uma atividade febril, ditada pelas circunstâncias. Ele tinha uma missão, não uma reação. 

Nosso problema é que não temos — salvo em raros momentos — uma ideia tão clara de nossa missão como Jesus tinha. Ele pôde dizer: “Está consumado”, porque a sua missão se relacionava com a cruz como clímax. E nós? Em geral, não temos consciência de um projeto tão específico como ponto culminante de nossa missão. Posso assumir um projeto, mas quem me garante que não se tornará mera obstinação? Por isso, temos de nos propor a “realizar a obra de Deus”, mas sempre com autocrítica, sabendo que a obra de Deus pode não ser exatamente o que nós queremos fazer, muito menos o que acabamos realizando.

Portanto, que tenhamos tolerância para com os projetos cristãos dos outros, modéstia quanto à nossa própria atividade e cautela no uso da frase “a vontade de Deus” para justificar as nossas decisões.
__________
Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

DESERTO: UM LUGAR PARA APRENDER

DESERTO: UM LUGAR PARA APRENDER

Marcony Jahel
Procuramos lugares para diversão, tais como parques, praias, cinemas , etc..

Procuramos lugares para descansar, tais como hotéis fazenda, spas, camping, etc..  

Procuramos lugares para se apoiar, lugar de orar, lugar de estar presente... tais como igrejas, centros de recuperação, células, etc...

Mas ninguém procura um deserto, pois o deserto é um lugar árido e cheios de extremos, muito quente na parte do dia e muito frio na parte da noite, o deserto te desconecta do mundo, lá você não tem luxo,  tudo é muito complicado de se obter, então no deserto ninguém quer ir ou ficar.

Mas o deserto é um lugar de conhecimento, pois o povo nômade que vive no deserto aprende com o próprio deserto a viver conforme os perigos oferecidos por lá, aprende a andar, a se portar, a se vestir, a encontrar agua, alimento, aprende a cultivar, aprende a entender os próprios limites.

O deserto da vida, não é diferente do deserto material, se tivermos a oportunidade de  viver um deserto temos que tirar proveito da experiência, aprendendo a porta com esperança e humildade, pois o deserto é lugar de auto conhecimento, aprendemos a lidar com nossos limites, aprendemos que dependemos de Deus em tudo, aprendemos que no deserto podemos prosperar, assisti um filme chamado "O Fazendeiro e Deus", e la narra um homem que acreditou no poder maravilhoso de Deus e Deus o fez prosperar em uma terra que não dava frutos, e assim colheu aquele homem muitos por um, o fazendeiro estava em um deserto físico e espiritual, mais quando ele entendeu que Deus estava trabalhando em sua vida ele entregou tudo nas mãos de Deus e Deus o honrou e o fez prosperar.

Temos que entender que quando estamos num deserto as coisas podem piorar, pois pode vir uma tempestade de areia e acabar por nos cegar, podemos ter miragens e nos enganar, o sol é escaldante e nos perturba, assim é o deserto espiritual, quando nos achamos nessa situação as tempestades são maiores, e as miragens que nos são impostas são cada vez mais reais nos perturbando emocionalmente, são nessas horas que pessoas sem compromisso com a palavra de Deus usam a própria palavra de Deus para nos enganar e nos ludibriar, querendo assim nos manter cativos de um deserto, esse tipo de guias cegos, querem mais é nos escravizar, assim como no deserto físico, pessoas são levadas cativas para trabalho escravo, assim no deserto espiritual estão cheios de "piratas do evangelho", loucos por escravizar com doutrinas enganadoras e cheias de falsa promessas, que visam a nossa destruição.

Lendo as dificuldades que Izaque passou em Gera, conforme Gênesis 26 entendemos que Deus nos quer onde Ele nos colocou, leia:
26.1 Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida nos dias de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque, rei dos filisteus.
26.2 Apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Fica na terra que eu te disser;
26.3 habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai.
26.4 Multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas estas terras. Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra;
26.5 porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
26.6 Isaque, pois, ficou em Gerar.
26.7 Perguntando-lhe os homens daquele lugar a respeito de sua mulher, disse: É minha irmã; pois temia dizer: É minha mulher; para que, dizia ele consigo, os homens do lugar não me matem por amor de Rebeca, porque era formosa de aparência.
26.8 Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher.
26.9 Então, Abimeleque chamou a Isaque e lhe disse: É evidente que ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: para que eu não morra por causa dela.
26.10 Disse Abimeleque: Que é isso que nos fizeste? Facilmente algum do povo teria abusado de tua mulher, e tu, atraído sobre nós grave delito.
26.11 E deu esta ordem a todo o povo: Qualquer que tocar a este homem ou à sua mulher certamente morrerá.
26.12 Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o SENHOR o abençoava.

Assim como Izaque colheu cem por um, assim como Izaque prosperou no deserto, derrotou a fome e todas as dificuldades, assim podemos prosperar, sem ter que acreditar em teorias de prosperidade pregadas por ai, voltemos para o verdadeiro evangelho, voltemos para o Deus vivo que nunca nos desampara e que possamos sobreviver e aprender nos desertos da vida.

Pois o deserto é um lugar de vitórias, lugar de encontro pessoal, lugar de colocar em evidencia sua vida com Deus, lugar para buscar e encontrar, lugar de sair revigorado, viva o seu deserto e tenha vitórias.

Não é errado buscar descanso ou diversão, mas não corra e nem se desespere ao passar pelo deserto, pelo contrário retire o máximo de proveito dessa oportunidade que Deus te dá.

E no mais que Deus nos ajude

Ósculo Santo por parte de Cristo Jesus.

Hospital da Alma

domingo, 7 de agosto de 2011

DEUS DE MILAGRES, SOCORRO!

DEUS DE MILAGRES, SOCORRO!

“Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens ao terceiro dia a Ziclague, já os amalequitas tinham invadido o sul, e Ziclague, e tinham ferido a Ziclague e a tinham queimado a fogo. E tinham levado cativas as mulheres, e todos os que estavam nela, tanto pequenos como grandes; a ninguém, porém, mataram, tão-somente os levaram consigo, e foram o seu caminho. E Davi e os seus homens chegaram à cidade e eis que estava queimada a fogo, e suas mulheres, seus filhos e suas filhas tinham sido levados cativos. Então Davi e o povo que se achava com ele alçaram a sua voz, e choraram, até que neles não houve mais forças para chorar. Também as duas mulheres de Davi foram levadas cativas; Ainoã, a jizreelita, e Abigail, a mulher de Nabal, o carmelita. E Davi muito se angustiou, porque o povo falava de apedrejá-lo, porque a alma de todo o povo estava em amargura, cada um por causa dos seus filhos e das suas filhas; todavia Davi se fortaleceu no SENHOR seu Deus.” (1Samuel 30:1 a 6)

Dálton Curvello
Existe uma música, “Deus de Milagres”, do Thiago Godoi, que fala da angústia de Daví ao chegar àquele acampamento em Ziclague e deparar-se com tamanha desolação. Fico imaginando o sentimento que tomou conta daqueles homens, sentindo-se impotentes e desamparados, de vitoriosos a derrotados num instante.

Diz a Bíblia que aqueles homens, guerreiros valentes, choraram “até que neles não houve mais forças para chorar.”Daví e seus valentes foram confrontados ali com sua pequenez, com sua fragilidade humana, sentindo a tremenda derrota e a perca de todos os seus entes queridos e seus bens.

Daví se angustiou mais ainda, pois a esta altura o povo já falava em apedrejá-lo!

Como é volúvel o ser humano! Como precisamos sempre eleger um “bode expiatório”para personificar nossos fracassos! De herói inquestionável a candidato ao apedrejamento em poucos instantes. Daví porém se fortaleceu no Senhor, diz a Palavra.

E o povo (esse mesmo que queria apedrejá-lo) viu o milagre do Deus de milagres operando naquela situação aparentemente irreversível, transformando a tremenda derrota em vitória completa.

Ouça a música, cante a Deus junto com o Thiago Godoi,  receba de Deus essa mesma força que se moveu em Daví, fazendo-o se levantar daquele choro amargurado. Levante-se para a vitória que Deus tem preparada para todos aqueles que crêem, a despeito das circunstâncias. Esse é o Deus de milagre!

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